quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Clube da Esquina II


Por que se chamava moço
Também se chamava estrada
Viagem de ventania
Nem lembra se olhou pra trás
Ao primeiro passo, aço, aço....
Por que se chamava homem
Também se chamava sonhos
E sonhos não envelhecem
Em meio a tantos gases lacrimogênios
Ficam calmos, calmos
E lá se vai mais um dia
E basta contar compasso
E basta contar consigo
Que a chama não tem pavio
De tudo se faz canção
E o coração
Na curva de um rio, rio...
E o Rio de asfalto e gente
Entorna pelas ladeiras
Entope o meio fio
Esquina mais de um milhão
Quero ver então a gente,gente, gente...


Flávio Venturini

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Ame-se!


Jogue fora todos os números não essenciais para sua sobrevivência. Isso inclui idade, peso e altura. Deixe o médico se preocupar com eles. Para isso ele é pago. Freqüente, de preferência, seus amigos alegres. Os de "baixo astral" puxam você para baixo. Continue aprendendo... Aprenda mais sobre computador, artesanato, jardinagem, qualquer coisa. Não deixe seu cérebro desocupado. Uma mente sem uso é a oficina do diabo. E o nome do diabo é Alzheimer. Curta coisas simples. Ria sempre, muito e alto. Ria até perder o fôlego. Lágrimas acontecem. Agüente, sofra e siga em frente. A única pessoa que acompanha você a vida toda é você mesmo. Esteja vivo, enquanto você viver! Esteja sempre rodeado daquilo que você gosta: família, animais, lembranças, música, plantas,um hobby, o que for. Seu lar é o seu refúgio. Aproveite sua saúde. Se for boa, preserve-a. Se está instável, melhore-a. Se está abaixo desse nível, peça ajuda. Não faça viagens de remorso. Viaje para o Shopping, para cidade vizinha, para um país estrangeiro, mas não faça viagens ao passado. Diga a quem você ama, que você realmente os ama, em todas as oportunidades. E lembre-se sempre que:
"A vida não é medida pelo número de vezes que você respirou, mas pelos momentos em que você perdeu o fôlego:
de tanto rir...
de surpresa...
de êxtase...
de felicidade..."

Pablo Picasso

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Contos de Fada


Aos quinze anos, espera-se que o príncipe encantado venha montado num cavalo branco. Aos vinte, a exigência torna-se menor: o cavalo pode ser pardo.
Aos vinte e cinco, admite-se a possibilidade de que o cavalo seja um pangaré. Aos trinta, o cavalo nem é mais necessário, pode vir num jegue mesmo! É mais ou menos assim que as expectativas vão se acomodando dentro do coração da gente à medida que o tempo passa. Quanto maior o horizonte de possibilidades, maiores são as exigências que fazemos. Isso nos faz lembrar as palavras do filósofo francês Sartre: “A angústia nasce das possibilidades”. Ter mais de uma opção faz que o coração se divida para exercer a escolha. É mais ou menos isso que o seu coração tão jovem experimenta quando ele tem que escolher alguém a quem você dedicará os seus afetos. E você não pode negar que, de alguma forma, você participa deste grande leilão de amores, onde prevalece a lei da oferta e da procura: às vezes, você se oferta; às vezes, você procura; outras entra em liquidação. E assim vai. É muito comum nos dias de hoje encontrar meninas e meninos que, aos 17 anos, já se sentem na liquidação. Passaram por inúmeros “proprietários” e, depois, foram devolvidos. Provaram a triste e dolorosa experiência de sentirem-se descartados como se fossem objetos de consumo que, depois de usados, são jogados fora.
O mito do amor romântico.
Assim segue a vida, fortemente marcada pelos signos do amor romântico, onde mocinhas acorrentadas na torre ansiosamente esperam pelos príncipes que virão em seus poderosos cavalos brancos para libertá-las da condição de acorrentadas.
É interessante que, no mito do amor romântico, a força arrebatadora do amor sempre vence a altura das torres e os projetos ardilosos de maquiavélicas madrastas. O beijo final é a concretização feliz de um processo de luta e de busca que parece ser metáfora do sonho humano de, um dia, finalmente descansar nos braços de um amor eterno.
É justamente por isso que essas histórias permanecem vivas no inconsciente coletivo, visto que expressam nosso desejo de ser personagens de conto de fadas.
Que seja eterno. Mas a vida é real e, por ser real, os cavalos não são tão brancos, os príncipes não são tão belos e as princesas têm frieiras nos dedos dos pés.
No momento em que percebemos a inadequação entre sonho e realidade, descobrimos que o amor que pensávamos que tínhamos pelo outro na verdade não passava de uma projeção de nossas carências e idealizações. Não podemos nos esquecer de que o amor humano só é possível a partir da precariedade. Somos a mistura de qualidades e defeitos, de belezas e feiúras. O amor só é verdadeiramente consistente no dia em que descobrimos o que o outro tem de melhor e de pior. O problema é que, na projeção de nossas necessidades, cegamo-nos para o real, para o verdadeiramente possível. Com isso, passamos a esperar o que não existe, o que não se dará justamente por estar fora do horizonte de nossas possibilidades. Portanto, o seu príncipe tão esperado até pode existir. E a sua princesa tão desejada pode até estar escondida em algum lugar, mas, por favor, seja realista! É preciso baixar as expectativas. O amor da sua vida virá, mas não creio que seja tudo isso que você espera.
Cavalos brancos são muito raros nos dias de hoje. É mais fácil o seu príncipe chegar num fusquinha azul clarinho modelo 67 (ou numa ybr 2004). E a sua princesa, até creio que ela esteja esperando por você, mas não que ela esteja numa torre, envolvida numa atmosfera de encanto. É mais provável encontrá-la atrás de um balcão de padaria ou até mesmo no caixa do supermercado mais próximo (ou no atendimento dum banco de empréstimos). Mas não tem problema. Embora os moldes sejam diferentes dos contos de fadas, vocês também têm o direito de viverem felizes para sempre!

Autor Desconhecido

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Os Sonhos, as ilusões


Nós seres humanos (talvez seja uma característica mais feminina) usamos boa parte do nosso tempo idealizando "pedaços" do nosso futuro, sonhando mesmo! Sonhei muitas vezes e ainda sonho. Mas um dia fomos bebês, crianças e hoje somos adolescentes, adultos e com o crescimento vem a maturidade e com ela o entendimento de que a vida precisa mais do que sonhos e que os sonhos que existirem devem estar bem firmados. Não falo da crença de que serão realizados, mas de estarem fundamentados no lugar certo. As emoções e o coração não são este lugar. Eles devem estar alicerçados na verdade e a verdade é a casa da fé. Os nossos sonhos devem fazer parte dos sonhos de Deus. Aí sim, eles serão realizados e com um "algo mais": eles virão no tempo certo e da forma certa!


Sonhar é bom. Viver é muito melhor!!


Adriana Lima

domingo, 9 de setembro de 2007

Noites com Sol



"Ouvi dizer que são milagres: Noites com sol
Mas hoje eu sei não são miragem: Noites com sol
Posso entender o que diz a rosa ao rouxinol
Peço um amor que me conceda: Noites com sol"

Flávio Venturini